Na hora da partida.

 
  

Nunca gostei muito de partidas, na verdade eu nunca sei bem como me despedir. Partidas sempre são melancólicas e você sempre tem a certeza mais forte de que nunca mais vai ver tal pessoa. Partidas são doloridas, doi, machuca fundo, rasga o peito. Nunca sei bem o que falar em uma partida definitiva, não sei se um “adeus” ou um “ate nunca mais” se bem que as duas coisas podem fazer o mesmo efeito, embora, eu tenha outra teoria sobre o “adeus”. Sempre que alguém fala isso, não tomo como partida, mas sim como a entrega de tudo a Deus.

Quando eu falo adeus, eu estou entregando todas as dores e todas as coisas que eu não pude resolver, então na hora da despedidas, a única coisa que eu posso falar é “a Deus”, entrego nas mãos dEle as dores daquela partida tão dolorosa, pois se fosse depender das únicas forças que em mim habita, não suportaria as feridas que iriam se rasgar no meu peito.

Então quando alguém partir da sua vida, não diga o “adeus” e sim “a Deus”, apenas entrega nas mãos dele todas as dores que com toda certeza será um grande, mas um grande alivio com certeza.



Ariadina Daniele.